sábado, 30 de maio de 2015

ENTREVISTA COM UMA EDUCADORA QUE TRABALHOU COM CRIANÇAS ESPECIAIS

Muitas escolas não conseguem o necessário para atender as crianças portadoras de algum tipo de deficiência, seja por motivos de infraestrutura, seja por falta de profissionais capacitados para tal função.

Pensando nisso, entrevistei uma professora, da Educação Infantil, que já trabalhou com crianças especiais. Segue a entrevista.

Entrevistada: Professora Rosimeri D. Nescaf, 30 anos. Trabalha há 6 anos como educadora.

1- Quais os tipos de deficiência os seus alunos tinham?
R: Na minha sala tinha alunos cadeirantes e um com deficiência mental, que ficou na escola por pouco tempo. A família mudou de cidade.

2- Quantos anos você lecionou para crianças especiais?
R: Lecionei durante 2 anos. Durante a manhã, dava aula para uma turma e à tarde, trabalhava no contraturno escolar, o reforço, ajudando essas crianças que tinham um pouco mais de dificuldade em algumas atividade motoras e cognitivas.

3- Como você se sentiu logo que começou a trabalhar com elas?
R: Me senti diante de um desafio para mim, me senti com muita responsabilidade pela frente. Porque é necessário muito estudo para poder ensiná-las da melhor maneira possível.

4- Qual a maior dificuldade que você enfrentou?
R: Tive que ir atrás de novas maneiras de ensino porque cada criança tem o seu ritmo de aprendizagem e com crianças pequenas não é diferente. Tive que fazer muitas pesquisas, me dediquei bastante, levava sempre novas atividades que contribuiriam para o crescimento delas em todos os âmbitos.

5- Como elas eram com você e como elas eram tratadas pelos demais alunos?
R: Todas eram muito alegres e sempre prestavam atenção enquanto eu explicava algo. Sempre se mostravam atentos a tudo; eles pareciam gostar muito de mim. Em relação aos demais colegas dessas crianças, a maioria tratava elas super bem, tinha uns 2 alunos que no começo, ficavam debochando delas, mas depois de muita conversa com esses dois alunos e com os pais deles, tudo se resolveu.


Bom, essa foi a entrevista concedida pela professora Rosimeri. Agradeço muito a ela por ter tirado um tempinho para nos dar essa enriquecedora entrevista.

Como profissionais (ou futuros profissionais) da educação, devemos sempre estar abertos as novas experiências que a vida nos proporciona. Trabalhar com crianças especiais exige um grande esforço, mas vale a pena. 

Incluir crianças com deficiência, para que haja laços de amizade e um convívio social bom, é um grande desafio. Pois há aquelas crianças que talvez não as aceite. Portanto devemos propiciar momentos em que todos trabalhem juntos, em que vejam que ninguém é igual a ninguém e que devemos respeitar as diferenças.

Ver um belo sorriso no rosto de uma criança é um dos melhores presentes que nós podemos ganhar. Quando vemos que as crianças estão realmente satisfeitas e se envolvem mais durante nossas aulas, e o resultado de sua aprendizagem está ótimo, ai sim, podemos ter a certeza de que estamos realizando um bom trabalho.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

MEU AMIGO DIFERENTE É ESPECIAL

A inclusão de crianças com algum tipo de deficiência, faz parte da realidade da educação brasileira.

Foi sugerido que crianças entre 8 e 10 anos desenhasse com o tema "MEU AMIGO DIFERENTE É ESPECIAL" e em seguida foram questionadas.

Segue as fotos com as questões:



VICTOR S. DOS SANTOS (8 ANOS): 
1- Quem é seu amigo? Por quê seu amigo é diferente?
R: Eu desenhei o Gustavo. Ele é diferente porque quando ele tinha 6 anos, ele sofreu um acidente e ficou sem a perna. Ele usa uma muleta pra poder andar e brincar.

2- Como iniciou sua amizade?
R: Eu conheci ele no ano passado, quando ele começou a estudar na minha sala.

3- Como você trata seu amigo?
R: Eu trato ele super bem. Ele é muito legal. Ele é meu melhor amigo. Todos da nossa sala também gostam dele. Ninguém tira sarro dele porque ele não tem uma perna.



EMANUELA GONÇALVES ( 9 ANOS):
1- Quem é sua amiga? Por quê sua amiga é especial?
R: Eu desenhei minha melhor amiga, a Juliana. Ela é cega. Desde que ela nasceu ela não enxerga. Ela estuda em outra escola, mas mesmo assim a gente é amiga, porque ela mora perto da minha casa.

2- Como iniciou sua amizade?
R: Conheci a Ju, logo que me mudei para nossa nova casa. Ela já morava lá na rua de casa.

3- Como você trata sua amiga?
R: Eu trato ela muito bem. Eu sei que ela não enxerga mas mesmo assim a gente brinca bastante, até de boneca. A Ju é muito legal.



JOÃO ANTONIO OLIVEIRA (10 ANOS):
1- Quem é sua amiga? Por quê sua amiga é especial?
R: Eu desenhei a Laura. Ela é cadeirante. Sempre a mãe dela leva ela pra escola.

2- Como iniciou sua amizade?
R: Eu conheci a Laura quando começou as aulas esse ano. A gente estuda junto.

3- Como você trata sua amiga?
R: Trato ela normalmente, porque mesmo ela não conseguindo andar ela é uma pessoa muito legal.